quarta-feira, 27 de março de 2013

REFLEXÃO Escute o Senhor


Escute o Senhor

Um princípio básico de toda boa comunicação está na necessidade da escuta como condição para que uma mensagem seja acolhida e assimilada. Só quem escuta bem, pode dar uma resposta completa, ao contrário de quem escuta pela metade ou sem atenção, pois está sempre limitado a dar respostas incompletas ou erradas. Nossa reflexão este mês será do evangelho de João 10, 27-30, referente ao quarto Domingo da Páscoa. Leia o texto bíblico com muita atenção, escute Deus falando com você!
Maria Andrea/Arquivo CN

Jesus está fazendo a identificação de quem são as suas ovelhas e o critério é justamente a capacidade de escutar a voz do Pastor e de segui-Lo. Eu e você devemos ser como as ovelhas do grande pastor Jesus Cristo. É por meio dessa intimidade que seremos reconhecidos por Ele e, no seguimento de suas orientações, jamais nos perderemos. É Jesus quem está garantindo que “ninguém vai arrancá-las” de suas mãos.

Entretanto, somos nós que, pela desobediência à voz do Pastor, colocamo-nos em constante risco de nos perder e nos desviar do caminho certo. A ovelha que se afasta do rebanho e do pastor passa a correr sérios riscos e, longe de todos, já não poderá ser defendida.

Jesus afirma; “eu e o Pai somos um” para revelar a intimidade que existe entre eles, da qual somos chamados a participar com obediência a Jesus, o Bom Pastor. A escuta e a obediência geram a comunhão; a desobediência e a não escuta, geram a divisão. Assim todos os relacionamentos devem ser construídos a partir dessa unidade. Onde falta o diálogo, a escuta atenta do que o outro diz, sempre existirão maus entendidos e confusões.

A partir do nosso relacionamento com Jesus, deixemos que esse modelo de intimidade alcance todos os nossos outros relacionamentos para que a comunhão seja o vínculo de unidade, como ovelhas que seguem o mesmo Pastor: Jesus Cristo. Reeducar-nos para a escuta e o diálogo sejam necessários sempre que nossa escolha for crescer na intimidade com Deus e com os irmãos.

Padre Fabrício
Membro da Comunidade Canção Nova

Fonte;http://clube.cancaonova.com/

terça-feira, 26 de março de 2013

A descida de Jesus à mansão dos mortos


De uma antiga Homilia no grande Sábado Santo (séc IV), de um autor grego desconhecido – Da Liturgia das Horas – II leitura do Sábado Santo.
“Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam à séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.
Ele vai, antes de tudo, à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, e agora libertos dos sofrimentos.
O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: “O meu Senhor está no meio de nós”. E Cristo respondeu a Adão: “E com teu espírito”. E tomando-o pela mão, disse: “Acorda, tu que dormes, levante dentre os mortos, e Cristo te iluminará. Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho; por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo, e com todo o meu poder, ordeno aos que estavam na prisão: “Saí!”; e aos que jaziam nas trevas: “Vinde para a luz!”; e aos entorpecidos: “Levantai-vos!”
Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te, obra de minhas mãos; eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.
Por ti, eu, o teu Deus,  me tornei teu filho; por ti, eu, o Senhor, tomei tua condição de escravo. Por ti, eu, que habito no mais alto dos céus, desci à terra, e fui mesmo sepultado abaixo da terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre os mortos. Por ti, que deixaste o jardim do paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos judeus e num jardim, crucificado.
Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi; para restituir-te o sopro da vida original. Vê nas minhas faces as bofetadas que levei para restaurar, conforme à minha imagem,  a tua beleza corrompida. Vê em minhas costas as marcas dos açoites que suportei por ti para retirar dos teus ombros os pesos dos pecados. Vê minhas mãos fortemente pregadas à árvore da cruz, por causa de ti, como outrora estendeste levianamente tuas mãos para a árvore do paraíso. Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha lança deteve a lança que estava voltada contra ti.
Levanta-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso mas num trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constituí anjos que, como servos, te guardassem; ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus. Está preparado o trono dos querubins, prontos e a postos os mensageiros, constituído o leito nupcial, preparado o  banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o reino dos céus preparado para ti desde toda a eternidade.”
O Catecismo da Igreja nos ensina que:
CRISTO DESCEU AOS INFERNOS
§632 – As frequentes afirmações do Novo Testamento segundo as quais Jesus “ressuscitou dentre os mortos” (1Cor 15,20) pressupõem, anteriormente à ressurreição, que este tenha ficado na Morada dos Mortos. Este é o sentido primeiro que a pregação apostólica deu à descida de Jesus aos Infernos: Jesus conheceu a morte como todos os seres humanos e com sua alma esteve com eles na Morada dos Mortos. Mas para lá  foi como Salvador, proclamando a boa notícia aos espíritos que ali estavam aprisionados.
§633 – A Escritura denomina a Morada dos Mortos, para a qual Cristo morto desceu, de os Infernos, o Sheol ou o Hades. Visto que os que lá se encontram estão privados da visão de Deus. Este é, com efeito, o estado de todos os mortos, maus ou justos, à espera do Redentor que não significa que a sorte deles seja idêntica, como mostra Jesus na parábola do pobre Lázaro recebido no “seio de Abraão”. “São precisamente essas almas santas, que esperavam seu Libertador no seio de Abraão, que Jesus libertou ao descer aos Infernos”. Jesus não desceu aos Infernos para ali libertar os condenados nem para destruir o Inferno da condenação, mas para libertar os justos que o haviam precedido.
§634 – “A Boa Nova foi igualmente anunciada aos mortos…” (1Pd 4,6). A descida aos Infernos é o cumprimento, até sua plenitude, do anúncio evangélico da salvação. É a fase última da missão messiânica de Jesus, fase condensada no tempo, mas imensamente vasta em sua significação real de extensão da obra redentora a todos os homens de todos os tempos e de todos os lugares, pois todos os que são salvos se tomaram participantes da Redenção.
§635 – Cristo desceu, portanto, no seio da terra, a fim de que “os mortos ouçam a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem vivam” (Jo 5,25). Jesus, “o Príncipe da vida”, “destruiu pela morte o dominador da morte, isto é, O Diabo, e libertou os que passaram toda a vida em estado de servidão, pelo temor da morte” (Hb 2,5). A partir de agora, Cristo ressuscitado “detém a chave da morte e do Hades” (Ap 1,18), e “ao nome de Jesus todo joelho se dobra no Céu, na Terra e nos Infernos” (Fl 2,10).
Fonte;http://blog.cancaonova.com/felipeaquino


segunda-feira, 25 de março de 2013

Quarta-feira (27), 19h30min - via sacra no grupo Mae da Divina Providencia. Traga sua familia e amigos. Viva bem a Semana Santa.




Na Semana Santa tudo celebra o Mistério da Salvação


Por Padre Luizinho no dia mar 25th, 2013 sobre Ano da Fé, Espiritualidade, Liturgia, Páscoa.

Nesta Semana tudo celebra o Mistério da Salvação, “Ele tomou sobre si a nossas dores, Seu sangue derramou para nos resgatar das trevas e por Suas chagas fomos sarados”. (Isaías 53 O Servo sofredor). Quando celebramos a liturgia e de forma especial nesta semana A Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, não estamos recordando, como num álbum de fotos ou num filme de gravações de memórias passadas. A espiritualidade das celebrações litúrgicas atualizam em nossa vida hoje o Mistério que estamos celebrando, ou seja, estamos vivendo e recebendo as graças eficazes do que estamos celebrando, rezando. Por isso, celebrar a liturgia não é fazer uma simples memória, mas trazer para minha vida hoje, atualizar, tornar novo, Aquilo que nos trouxe Jesus Cristo, seus gestos, Palavras e principalmente o Amor que o levou a morrer por nós na cruz. (Cf. Jo 3,16) Quem garante tudo isso é o Espírito Santo e a intenção verdadeira da Igreja que celebra os Mistérios de Cristo por sucessão apostólica. Isso quer dizer, que recebemos de Cristo e dos apóstolos.
A Santa Missa é a maior oração que podemos fazer, pois Ela é a atualização da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Após a comunhão, apesar da Igreja lotada estava rezando e contemplando O Mistério que enchia meu coração. A Eucaristia, que o Sacerdote consagrou, do mesmo Jeito e Palavras que fez Jesus na ultima ceia com os seus discípulos. Neste momento meu coração triste e saudoso foi preenchido pela presença amorosa de Cristo que derramava seu Sangue precioso sobre mim e ali eu vivi a realidade do amor de Deus, que me resgatava daquele momento de tristeza e saudade. Sua mão ensangüentada tocou em mim.
Ouça o Podcast na integra:
Hoje quero convidar você a rezar e a viver a liturgia desta Semana, clamando as mãos ensangüentadas de Jesus, Suas Santas Chagas e experimentar a ressurreição e a Salvação. Apresentemos onde mais precisamos que Jesus nos toque. É importantíssimo participar das funções litúrgicas na sua paróquia e renovar sua fé e seu batismo junto com a sua comunidade, por isso, procure saber os horários de cada celebração.
O Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor abre solenemente a Semana Santa. No século IV, já encontramos em Jerusalém notícias sobre uma celebração que procurava recordar o mais exatamente possível à entrada histórica de Jesus de Nazaré na cidade. Cristo que é saudado como Messias e Rei entra voluntariamente para sua Paixão. A liturgia das palmas antecipa neste domingo, chamado de páscoa florida, o triunfo da ressurreição, enquanto que a leitura da Paixão nos convida a entrar conscientemente na Semana Santa da Paixão gloriosa e amorosa de Cristo o Senhor.
Sentido do Tríduo Pascal
O Tríduo Pascal é a maior celebração das comunidades cristãs. A Páscoa é o centro do ano litúrgico, fonte que alimenta a nossa vida de fé. Celebrar o Tríduo Pascal da paixão e ressurreição do Senhor é celebrar a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus que o Cristo realizou quando, morrendo, destruiu a nossa morte e ressuscitando, renovou a vida.
Quando teve início o Tríduo Pascal?
No final do século IV, encontramos já organizado um tríduo pascal, que Santo Agostinho recomendava vivamente a seus fiéis. Formavam, em princípio, o tríduo: a sexta-feira, o sábado e o domingo. É no século VII que o tríduo se inicia com a “Ceia do Senhor” na tarde da quinta-feira, com o que fica ele constituído pela quinta-feira, pela sexta-feira e pelo sábado – aí incluída a vigília pascal. As três datas formam uma unidade: a celebração do mistério pascal.
O que celebramos na Quinta-feira Santa?
O Senhor celebrara com os seus a última ceia no contexto da páscoa judaica: a comemoração da passagem de Israel pelo Mar Vermelho. Nesse dia, Cristo inaugura à nova Páscoa, a da aliança nova e eterna, a de seu pão compartilhado e seu sangue derramado, a de seu amor levado ao extremo e do mandato do amor para nós, a de sua passagem pela morte à ressurreição, a Páscoa que devemos celebrar em sua comemoração. Eucaristia, sacerdócio, mandato do amor e nova Páscoa do Senhor são o conteúdo preciso da missa da Ceia do Senhor. O transporte das formas (hóstias) consagradas à urna para a comunhão da sexta-feira inicia-se no século XIII. O “monumento” (local físico) é elemento acidental e só encontra sentido em vinculação com o mistério celebrado: agradecimento ao amor de Cristo e oração-reflexão do mistério pascal.
O que celebramos na Sexta-feira Santa?
Como vem acontecendo há muito tempo, hoje não se celebra a missa, tendo lugar à celebração da morte do Senhor: o mistério que é celebrado é uma cruz dolorosa e sangrenta, mas ao mesmo tempo vitoriosa e resplandecente. Trata-se de morte, a de Cristo, real e tremenda; mas é passagem para uma vida ressuscitada e eterna. O amor de Deus, que é vida, terá mais poder do que o pecado do homem, que é morte. A celebração incorpora-nos à redenção de Cristo e a seu mistério de salvação universal: pela morte à vida.
O que celebramos na Vigília Pascal?
Contamos com documentos do início do século III, que apresentam alguns elementos desta celebração, tais como: jejum, oração, eucaristia – e até batismo, com a bênção da “fonte batismal”. Vão-se acrescentando depois novos elementos: o canto do Exulte, que se vê documentado no século IV e a bênção do círio pascal, no século V. Pouco a pouco, foi-se enriquecendo esta última, que deve ser “a celebração das celebrações” para o cristão, e a que Santo Agostinho denominava “Mãe de todas as vigílias”. Assim ouvimos com alegria: “Cristo ressuscitou, verdadeiramente, dos mortos”! Num duelo admirável a morte lutou contra a vida, e o Autor da vida se levanta triunfador da morte. Terminou o combate da luz com as trevas, combate histórico de Jesus com os fariseus e todas aquelas pessoas que não acolheram o Reino de Deus. Após as trevas brilhará o sol da Ressurreição!
Oração a Jesus Crucificado
Eis-me aqui, meu bom e dulcíssimo Jesus! Humildemente prostrado em vossa presença, eu vos peço e suplico, com toda alegria do meu ser, que graveis no meu coração os mais vivos sentimentos de fé, esperança, caridade, arrependimento dos meus pecados e firme decisão de mudar de vida. Contemplo com grande dor as vossas cinco chagas, vossas chagas gloriosas de onde jorraram o Teu Preciosíssimo Sangue. Vem tocar em mim com Tuas mãos chagadas e cura-me, liberta-me. Tendo presente as palavras que já o profeta Davi colocava em vossa boca, ó bom Jesus: “Traspassaram as minhas mãos e os meus pés e contaram todos os meus ossos”. Meu bom Jesus crucificado, que eu também saiba aceitar as contrariedade e dores da vida e socorrer os meus irmãos que sofrem. Que neste mundo eu possa viver como pessoa ressuscitada pelo amor de Deus em Cristo Jesus.Amém!
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Minha benção fraterna.
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
http://twitter.com/padreluizinho

Fonte;http://blog.cancaonova.com/padreluizinho/2013/03/25/na-semana-santa-tudo-celebra-o-misterio-da-salvacao-3/

sábado, 23 de março de 2013

FORMAÇÕES


FORMAÇÕES

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O caminho da Páscoa

Abre-se, então, a Semana Santa!
"Caminhar. 'Vinde, Casa de Jacó! Caminhemos à luz do Senhor' (Is 2,5). Trata-se da primeira coisa que Deus disse a Abraão: caminha na minha presença e sê irrepreensível. Caminhar: a nossa vida é um caminho e, quando nos detemos, está errado. Caminhar sempre, na presença do Senhor, à luz do Senhor, procurando viver com aquela irrepreensibilidade que Deus pedia a Abraão, na Sua promessa". Assim se pronunciou o Santo Padre, o Papa Francisco, em sua primeira homilia na Capela Sistina, quando celebrou a Santa Missa com os cardeais participantes do Conclave.

Na Igreja primitiva, o Cristianismo era chamado "Caminho" (cf. At 9,2; 19.9.23; 22,4; 24.14.22). A grande estrada percorrida por Jesus em direção a Jerusalém, onde consumou seu mistério de Páscoa, fez com que as multidões acorressem a Ele. Brotaram como ramos de oliveira os discípulos! Conversão, passagem, movimento, dinamismo para sair da escuridão para a luz, da tristeza à alegria, da morte à vida. E seus seguidores, no correr dos séculos, receberam a tarefa de espalhar as sementes da fé em todos os recantos da terra. Aos discípulos de hoje em caminho, é confiada a mesma tarefa.

No júbilo que contagiou a todos, a Igreja de Jesus Cristo conheceu o novo Sucessor de Pedro para estar à frente da Igreja de Roma, que preside à caridade. Os primeiros dias de seu pontificado testemunham o "norte" indicado pela bússola da fé, como a qual quer colocar-nos a caminho: "Cristo é o Pastor da Igreja, mas a Sua presença na história passa pela liberdade dos homens: um deles é escolhido para servir como seu Vigário, Sucessor do Apóstolo Pedro, mas Cristo é o centro. Não o Sucessor de Pedro, mas Cristo. Cristo é o centro. Cristo é o ponto fundamental de referência, o coração da Igreja. Sem Ele, Pedro e a Igreja não existiriam nem teriam razão de ser" (Encontro do Papa com os profissionais da Comunicação).

Se são imensas as multidões do tempo presente, multiplicadas pelo alcance dos meios de comunicação, maiores as responsabilidades de todos os cristãos. Com Papa Francisco à frente, apontando-nos Jesus Cristo como o único Senhor de nossas vidas, a Igreja se faça caminho, abra-se à missão, redescubra continuamente seu dinamismo interior e continue sua estrada para chegar aos confins da terra dos corações de todos os homens e mulheres, especialmente os mais pobres e os afastados de Deus. Ela não pode parar, mas há de caminhar sempre, uma Igreja em movimento.

A sabedoria milenar da Igreja organizou o ano litúrgico de forma a proporcionar aos fiéis cristãos beberem na única fonte do Mistério Pascal de Cristo as diversas dimensões de sua fé. A Páscoa é a festa fundamental, celebrada a cada domingo, presente em todas as missas diárias, quando, do nascer ao pôr do sol, em toda parte, por Jesus Cristo e pela força do Espírito Santo, é oferecido ao Pai o sacrifício perfeito (Cf. Oração Eucarística III). Celebra-se também, após a intensa preparação quaresmal, a Páscoa anual, com a qual acompanhamos os passos de Nosso Senhor Jesus Cristo antes de Sua Paixão, para viver, no Tríduo Pascal, seu êxodo, mistério de entrega pela nossa salvação, ressuscitando com Ele! A delicadeza pedagógica da Igreja nos conduz, então, à renovação anual de nosso batismo na grande Vigília da Noite Santa e no Domingo de Páscoa. Em seguida, se quarenta dias foram dados para a preparação da Páscoa, cinquenta dias serão dedicados até a Solenidade de Pentecostes para aprofundar a vida nova recebida, acompanhados, de modo especial, pelos que renascerem nos sacramentos da iniciação cristã nestas solenidades pascais.

Abre-se, então, a Semana Santa! O Domingo de Ramos e da Paixão começa com um convite a um caminho: "Vamos iniciar, com toda a Igreja, a celebração da Páscoa de nosso Senhor. Para realizar o mistério de sua morte e ressurreição, Cristo entrou em Jerusalém, sua cidade. Celebrando com fé e piedade a memória desta entrada, sigamos os passos de nosso Salvador para que, associados pela graça à sua cruz, participemos também de sua ressurreição e de sua vida". Na Quinta-feira Santa, Jesus vai ao encontro de seus discípulos, lava-lhes os pés, deixando o mandamento novo com o qual faremos continuamente o passagem do egoísmo para a comunhão e a partilha. Oferece-nos a Eucaristia, viático para a estrada da vida, Corpo e Sangue do Senhor oferecido aos fiéis, enquanto esperamos a Sua vinda. Sexta-feira Santa é dia de "Via Sacra", caminho para o Calvário! Dali para frente, a definitiva estrada que passa pela escuridão do túmulo para chegar à manhã jubilosa da Ressurreição. Depois, o Senhor marca encontro na Galileia, ordenando aos discípulos fazerem o caminho de volta ao cotidiano com a força do Ressuscitado. Quando "viaja" para o céu, começou para a Igreja a grande viagem missionária, que continuará até a volta do Senhor, no fim dos tempos, garantindo o cumprimento de Sua promessa com o penhor do Espírito Santo derramado sobre a Igreja.

E retornamos a Papa Francisco em sua primeira homilia, que nos oferece um magnífico roteiro para a Semana Santa, a Páscoa e a vida: "Eu queria que todos nós tivéssemos a coragem, sim, de caminhar na presença do Senhor, com a Cruz do Senhor; de edificar a Igreja sobre o sangue do Senhor, que é derramado na cruz; e de confessar como nossa única glória Cristo Crucificado. E assim a Igreja vai para diante. Faço votos de que, pela intercessão de Maria, nossa Mãe, o Espírito Santo conceda a todos nós esta graça: caminhar, edificar, confessar Jesus Cristo Crucificado".

Os cristãos e todas pessoas de boa vontade sejamos dignos das graças vividas na Igreja e com a Igreja durante este tempo! Os ramos da fé professada, erguidos no Domingo de Ramos, expressem o nosso júbilo.
Foto
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA
Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.

Fonte;http://www.cancaonova.com

quinta-feira, 21 de março de 2013

SEMANA SANTA - O Padre Fábio de Melo apresentará o Show Em Sobral-Ce


A Prefeitura de Sobral, através da Secretaria da Cultura e do Turismo e Ecoa Sobral, convida para o grande show com o Padre Fábio de Melo, dia 31 de Março (Domingo) às 19h no Boulevard do Arco, Sobral/CE. Entrada 1kg de alimento. Participe desse momento de louvor e emoção!


 SEMANA SANTA - O Padre Fábio de Melo apresentará o show “Estou Aqui” em Sobral. Apresentação promovida pela Secretaria de Cultura e Turismo será no Boulevard do Arco de Nossa Senhora de Fátima, no Domingo de Páscoa (31). Saiba mais: Fonte;http://bit.ly/15roWAkhospedagem sites

TRASLADAÇÃO DO BOM JESUS DOS PASSOS OU "" PROCISSÃO DA FUGIDA


SEMANA SANTA SOBRAL-CE   TRASLADAÇÃO DO BOM JESUS DOS PASSOS OU "" PROCISSÃO DA FUGIDA ''. 18;30 H SAINDO DA IGREJA DAS DORES PARA A IGREJA DO ROSÁRIO NO DIA 21 DE MARÇO 2013  PROCISSÃO DO BOM JESUS DOS PASSOS ( DIA 22 DE MARÇO DE 2013 ) 8;00 H; MISSA EM HONRA AO BOM JESUS DOS PASSOS DA IGREJA DO ROSÁRIO. 17 H: PROCISSÃO SAINDO DA IGREJA DO ROSÁRIO PARA IGREJA DAS DORES.hospedagem sites

sábado, 16 de março de 2013

Papa Francisco aos jornalistas: dom Claudio Hummes é um grande amigo



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papafrancisco13No encontro com os profissionais de imprensa neste sábado, 16 de março, Papa Francisco disse que, no Conclave, logo após sua eleição, ouviu de dom Claudio Hummes: "não se esqueça dos pobres". O comentário do arcebispo emérito de São Paulo, seu grande amigo, o ajudou a escolher o nome de Francisco.
Papa Francisco foi ovacionado pelo público. Sentou-se em sua cadeira no centro do palco e ouviu a saudação do Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, o Arcebispo Claudio Maria Celli.
Em seguida, leu um breve discurso, agradecendo todos pelo precioso serviço realizado nos dias passados, na cobertura do Conclave e em sua eleição.
Vocês trabalharam!” – exclamou, recebendo um imediato aplauso. Disse ainda que a Igreja e a mídia estão juntas para comunicar a verdade, a bondade e a beleza: “Todos nós somos chamados a comunicar esta tríade, essencial”.
Papa Francisco quis explicar porque “o Bispo de Roma quis se chamar Francisco”. E contou, de modo informal, que a seu lado, no Conclave, estava sentado o arcebispo emérito de São Paulo, Cardeal Cláudio Hummes, “um grande amigo, grande amigo”.
Quando a coisa ficou “mais perigosa” – prosseguiu – ele me confortava, e quando os votos chegaram a dois terços, momento em que há o aplauso habitual porque o Papa é eleito – ele me abraçou, me beijou e disse “não se esqueça dos pobres”.
Aquela palavra entrou aqui – disse, indicando a cabeça – ‘os pobres, os pobres’. Aí, pensei em Francisco de Assis e depois, nas guerras. E Francisco é o homem da paz, o homem que ama e tutela a Criação... neste momento em que nosso relacionamento com o meio-ambiente não é tão bom, né?”.
Francisco é o homem que nos dá este espírito de paz, o homem pobre... “Ai, como gostaria de uma Igreja pobre e pelos pobres!”.
Depois de saudar pessoalmente alguns jornalistas, o Papa Francisco concluiu, em espanhol:
Disse que lhes daria a minha benção de coração. Muitos de vocês não pertencem à Igreja Católica, outros não crêem. Concedo minha benção, de coração, no silêncio, a cada um de vocês, respeitando a consciência de todos, mas sabendo que cada um de vocês é filho de Deus. Que Deus os abençoe”.
Fonte;http://www.cnbb.org.br/

quarta-feira, 13 de março de 2013

Saudação da CNBB ao Papa Francisco


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papafrancisco1Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB, em entrevista coletiva concedida à imprensa, na tarde desta quarta-feira, 13 de março, apresentou a saudação oficial da Conferência ao Papa Francisco.
leiaa saudação na íntegra:
SAUDAÇÃO DA CNBB AO NOVO PAPA
“Bendito o que vem em nome do Senhor!”(Sl 118,26)

Tomada pela alegria e espírito de comunhão com a Igreja presente em todo o mundo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB eleva a Deus sua prece de louvor e gratidão pela eleição do novo Sucessor de Pedro, Sua Santidade Francisco.
O tempo e as circunstâncias que antecederam a eleição de Francisco ajudaram a Igreja a viver intensamente a espiritualidade quaresmal, rumo à vitória de Cristo celebrada na Páscoa que se aproxima. O momento é de agradecer a bondade de Deus pela bênção de um novo Papa que vem para guiar os fieis católicos na santidade, ensiná-los no amor e servi-los na humildade.
A eleição de Francisco revigora a Igreja na sua missão de “fazer discípulos entre todas as nações”, conforme o mandato de Jesus (cf. Mt 28,16). Ao dizer “Sim” a este sublime e exigente serviço, Sua Santidade se coloca como Pedro diante de Cristo, confirmando-Lhe seu amor incondicional para, em resposta, ouvir: “Cuida das minhas ovelhas” (cf. Jo 21,17).
Nascido no Continente da Esperança, Sua Santidade traz para o Ministério Petrino a experiência evangelizadora da Igreja latino-americana e caribenha.
A expectativa com que o mundo acompanhou a escolha do Sucessor de Pedro revela o quanto a Igreja pode colaborar com as Nações na construção da paz, da justiça, da igualdade e da solidariedade.
Ao novo Papa não faltará a assistência e a força do Espírito Santo para cumprir esta missão e aprofundar na Igreja o dom do diálogo, em uma sociedade marcada pela pluralidade e pela diversidade, e o compromisso com a vida de todos, a partir dos mais pobres, como nos ensina Jesus Cristo.
           Ao saudá-lo no amor de Cristo que nos une e na missão da Igreja que nos irmana, asseguramos-lhe a obediência, o respeito e as orações das comunidades da Igreja no Brasil, para que seja frutuoso o seu Ministério Petrino.
Com toda Igreja, confiamos sua vida e seu pontificado à proteção da Virgem Maria, mãe de Deus e mãe da Igreja.
Bem-vindo Francisco! A Igreja no Brasil o abraça com amor!


Dom Belisário José da Silva                         Dom Leonardo Ulrich Steiner
Arcebispo de São Luis                                  Bispo Auxiliar de Brasília
Vice Presidente da CNBB                            Secretário Geral da CNBB

                             Fonte;http://www.cnbb.org.br