terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Votos de Feliz Natal e um Ano Novo com mais presença de Deus

A Renovação Carismática Católica da Diocese de Sobral vem desejar a todos votos de um novo ano em que Deus seja mais presente em nossas vidas. Que, neste natal, o o seu coração venha ser manjedoura para o menino Jesus trazer muita luz e nos ensinar a viver sob a proteção do Espírito Santo.

domingo, 12 de maio de 2013

Redes Sociais é assunto de reflexão para a Igreja


André Alves
Da Redação


Ilustração
Grande abrangência das redes sociais beneficia a participação dos fiéis para divulgação da mensagem de Jesus e dos valores da dignidade humana
Neste domingo, 12, a Igreja comemora o Dia Mundial das Comunicações Sociais. Por ocasião desta data, Bento XVI, antes de apresentar renúncia ao Pontificado, publicou uma mensagem, em 24 de janeiro deste ano, ressaltando o papel das redes sociais na evangelização e no desenvolvimento humano.
Bento XVI considerou no texto, o desenvolvimento das redes sociais digitais que, segundo ele, estão a contribuir para a aparição de um novo espaço de socialização, de uma “praça pública”, onde as pessoas partilham ideias, informações e podem ainda ganhar novas relações e formas de comunidade.

Acesse
.: NA ÍNTEGRA - Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 
O Papa emérito também destacou a grande abrangência das redes sociais, que beneficia a participação dos fiéis neste meio para a divulgação da mensagem de Jesus e dos valores da dignidade humana, promovidos pela doutrina de Cristo.
Contudo, segundo o Papa emérito, as redes sociais são mais que um instrumento de evangelização. Para ele, estas podem ser um fator de desenvolvimento humano. "Por exemplo, em alguns contextos geográficos e culturais onde os cristãos se sentem isolados, as redes sociais podem reforçar o sentido da sua unidade efetiva com a comunidade universal dos fiéis. As redes facilitam a partilha dos recursos espirituais e litúrgicos, tornando as pessoas capazes de rezar com um revigorado sentido de proximidade àqueles que professam a sua fé".
Por fim, Bento XVI, recordou que, sobretudo, o testemunho de vida deve ser igual em todos os lugares onde o cristão estiver, seja, no ambiente virtual ou físico. "Sempre e de qualquer modo que nos encontremos com os outros, somos chamados a dar a conhecer o amor de Deus até aos confins da terra", finalizou.
Em carta às dioceses do Brasil, o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, recordou que o Papa Francisco deseja que o Dia Mundial para as Comunicações seja celebrado em todas as Igrejas de forma participativa, reflexiva e celebrativa. Segundo ele, os cristãos devem desenvolver cada vez mais uma consciência crítica frente aos meios e processos de comunicação.


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segunda-feira, 29 de abril de 2013

FORMAÇÕES


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A festa de Nhá Chica

Um tesouro católico no coração do Brasil
No próximo dia 4 de maio, em Baependi, Minas Gerais, a Igreja Católica celebra a beatificação de Nhá Chica, uma filha de escravos, mulher negra e pobre. Uma conquista que não se alcança pela posse de títulos nem simplesmente por conhecimentos técnicos, menos ainda pela garantia de alguma classe social ou política. Fundamenta-se em estatura admirável e medidas incomuns que só cabem no coração dos santos.

Estatura e medidas que só podem ser alcançadas no caminho da fé, pela singularidade de ultrapassar a lógica da razão e por possuir uma luminosidade além da própria inteligência. A grandeza da fé, cultivada no coração de Nhá Chica, emoldurada por singular devoção a Nossa Senhora da Conceição, fez da analfabeta uma admirável sábia e conselheira. Uma sabedoria que perpetua a sua memória e comprova sua especial intimidade com Deus, ganhando uma perene e especial força de quem pode ocupar o lugar próprio de intercessora. 
Nhá Chica está em Deus e o caminho para este lugar - oferta de Deus, o Pai, a todos os seus filhos e filhas - é trilhado pelos que vivem verdadeiramente a experiência da fé, único meio que possibilita ao frágil se tornar forte, corrige os descompassos do humano e constitui um canal direto de diálogo com Deus. A experiência autêntica da fé levou Nhá Chica a superar sofrimentos e a tornar-se irmã de todos, protetora dos pobres e referência para muitos. Primeira bem-aventurada nascida nesta terra tricentenária, cujas raízes mais profundas geram cultura admirável por seus valores singulares e expressão da fé do povo mineiro, um tesouro católico no coração do Brasil.

A leitura e meditação da Carta aos Hebreus, no capítulo onze, permitem compreender melhor a alma de Nhá Chica, a bem-aventurada, reconhecendo-a no conjunto que reúne outros tantos santos e bem-aventurados. Uma genealogia que abrange figuras primárias da fé bíblica como Abraão, Moisés, Jacó, Sara, Débora, muitos homens e mulheres de grande e exemplar estatura. Todos, com suas vidas, mostram que só a fé garante o percurso com vitória certa e produz a estatura de quem se perpetua na história e no coração de muitos. A festa da “Santa de Baependi”, ultrapassando qualquer grande sentido da importância de uma devoção ou de crença, é a consolidação de uma lição a ser permanentemente praticada para fazer a diferença e ajudar na edificação da vida sobre os pilares do amor.

A celebração dessa festa enriquece e perpetua o tesouro de nossa fé católica, convidando cada um a inspirar-se neste exercício de fé. É o mesmo percurso seguido pelos que ganharam a condição de patriarcas, profetas, mártires, santos, amigos de Deus, cidadãos e cidadãs com as marcas da eternidade, comprometidos com a vida e com a justiça. Esse exercício é o que, pela fé, possibilita uma importante certeza: as coisas visíveis provêm daquilo que não se vê.

Nhá Chica ofereceu seus sacrifícios sem lamúrias e os converteu em oferendas agradáveis que se transformam em frutos de bem. Sua simplicidade é transformada em sabedoria, porque, como registra o referido capítulo da Carta aos Hebreus, permite a compreensão de que sem a fé é impossível agradar a Deus. Quem d'Ele se aproxima deve crer que Ele existe e recompensa os que o procuram. Na estatura simples de Nhá Chica, sua experiência de fé tracejou, como em Noé, “o levar a sério” a promessa divina, a obediência amorosa que impulsionou Abraão, fazendo-o partir confiante para uma terra que deveria receber como herança. Nela, pobre sem letras e sem poder, como em Sara, a estéril, é manifestada a força do amor de Deus por uma admirável capacidade de fazer o bem em vida e depois da morte. Pela fé, Jacó se prostrou em adoração e Nhá Chica viveu adorando, especialmente às sextas-feiras, tocada pelos sofrimentos redentores de seu Senhor. Pela fé, José relembrou, já no fim da vida, do êxodo dos filhos de Israel e Nhá Chica continua lembrando-se de todos nós. Também pelo caminho da fé, Moisés preferiu ser maltratado com o povo de Deus e Nhá Chica escolheu ser conselheira e protetora daqueles que são desafiados pelos sofrimentos. Sua beatificação ensina a todos nós que a fé é o tesouro maior. 
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte (MG) 

segunda-feira, 1 de abril de 2013

FORMAÇÕES



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A fonte da juventude

Por ser amor, Deus é sempre jovem


No dia 8 de dezembro de 1965, no final do Concílio Vaticano II, entre as mensagens dirigidas a vários segmentos da sociedade, o Papa Paulo VI pensou também na juventude: «É a vocês, rapazes e moças de todo o mundo, que o Concílio quer dirigir a sua última mensagem. São vocês que tomarão o facho das mãos de seus antepassados e viverão no mundo, nas transformações mais gigantescas de sua história. São vocês que, recolhendo o melhor do exemplo e do ensinamento de seus pais e mestres, constituirão a sociedade de amanhã: vocês se salvarão ou perecerão com ela. Em nome de Deus e de seu Filho Jesus os exorto a alargar seus corações a todo o mundo, a escutar o apelo de seus irmãos e a pôr corajosamente as suas energias juvenis ao serviço deles. Lutem contra o egoísmo. Recusem-se a fomentar os instintos da violência e do ódio, que geram as guerras e o seu cortejo de misérias. Sejam generosos, puros, respeitadores, sinceros. Construam com entusiasmo um mundo melhor que o dos seus antepassados!».

Não sei se, felizmente ou infelizmente, entre os jovens daquela época estava também eu. A minha dúvida nasce do exame de consciência que as palavras de Paulo VI me obrigam a fazer. Ante a situação que descortino em minha frente, posso afirmar que trabalhei para “construir um mundo melhor que o de meus antepassados”? Três anos depois, em 1968, inúmeros países assistiram a um levante geral da juventude. No afã de exigir mudanças – que eram e continuam sendo necessárias – muitos jovens questionaram princípios e valores e imprimiram um novo rumo à humanidade. Parece-me difícil avaliar imparcial e corretamente esse “novo rumo”, a meu ver uma verdadeira mudança de época cultural na história. Mas, já que perguntar não ofende, pode-se dizer, em sã consciência, que hoje há mais respeito, mais tolerância, mais justiça, mais paz, mais fraternidade do que em 1968? Para mim, uma coisa é certa: sem conversão pessoal, o “mundo que queremos” não passa de palavras bonitas... 
Muito oportuna, portanto, a decisão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil em dar à Campanha da Fraternidade de 2013 como tema a juventude e como lema a generosidade de Isaías: “Eis-me aqui! Envia-me!” (Is 6,8). Por ser amor, Deus é sempre jovem. Por isso, quanto mais perto dele alguém se mantiver pelo amor, mais bela, profunda e duradoura será a sua juventude. Mais do que uma fase da vida, ela é um estado de espírito. Há jovens que são velhos. Deixando-se arrastar pelo materialismo, tentam preencher seu vazio espiritual e psíquico com miragens que lhes tiram a esperança, as forças e o rumo. «Onde estão os nossos jovens?», foi a pergunta que muitos se fizeram no dia 27 de janeiro de 2013, após o incêndio numa boate de Santa Maria, que vitimou quase 250 deles.

Para os jovens que acreditam que Deus tem sobre eles e sobre a humanidade um projeto de amor, o caminho a seguir foi magistralmente traçado há dois mil anos pelo apóstolo João, o discípulo que mais entendeu o coração de Jesus: «Eu lhes escrevo, jovens, porque vocês são fortes, porque a Palavra de Deus permanece em vocês e vocês venceram o Maligno. Não amem o mundo nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que o mundo oferece – a satisfação dos instintos, a ânsia de brilhar e o apego à riqueza – não vem do Pai, mas do mundo. O mundo passa com seus desejos insaciáveis. Mas quem faz a vontade de Deus permanece para sempre» (1Jo 2,14-17).

É desde a mais remota antiguidade que se procura a fonte da juventude, a fonte da alegria, a fonte da beleza, a fonte do amor, a fonte da vida. Graças a Deus, ela existe: foi aberta no domingo da Páscoa. «Fazendo-se pecado» (2Cor 5,21), Jesus tirou a força do pecado. «Fazendo-se maldição» (Gl 3,13), transformou a maldição em bênção. Se só se salva o que se assume, é preciso morrer para viver. Quanto mais morte, mais vida: «Quem pretende salvar a vida, vai perdê-la. Mas quem a perde por causa de mim, vai encontrá-la» (Mt 16,25). Se «uma só coisa é necessária», o que importa é «escolher sempre a melhor parte» (Lc 10,42). E ela pertence a quem repete com a vida: “Eis-me aqui! Envia-me!” (Is 6,8). Somente assim poder-se-á «construir um mundo melhor que o dos antepassados!». Inútil tentar outro caminho!

Dom Redovino Rizzardo, cs
Bispo de Dourados (MS)

quarta-feira, 27 de março de 2013

REFLEXÃO Escute o Senhor


Escute o Senhor

Um princípio básico de toda boa comunicação está na necessidade da escuta como condição para que uma mensagem seja acolhida e assimilada. Só quem escuta bem, pode dar uma resposta completa, ao contrário de quem escuta pela metade ou sem atenção, pois está sempre limitado a dar respostas incompletas ou erradas. Nossa reflexão este mês será do evangelho de João 10, 27-30, referente ao quarto Domingo da Páscoa. Leia o texto bíblico com muita atenção, escute Deus falando com você!
Maria Andrea/Arquivo CN

Jesus está fazendo a identificação de quem são as suas ovelhas e o critério é justamente a capacidade de escutar a voz do Pastor e de segui-Lo. Eu e você devemos ser como as ovelhas do grande pastor Jesus Cristo. É por meio dessa intimidade que seremos reconhecidos por Ele e, no seguimento de suas orientações, jamais nos perderemos. É Jesus quem está garantindo que “ninguém vai arrancá-las” de suas mãos.

Entretanto, somos nós que, pela desobediência à voz do Pastor, colocamo-nos em constante risco de nos perder e nos desviar do caminho certo. A ovelha que se afasta do rebanho e do pastor passa a correr sérios riscos e, longe de todos, já não poderá ser defendida.

Jesus afirma; “eu e o Pai somos um” para revelar a intimidade que existe entre eles, da qual somos chamados a participar com obediência a Jesus, o Bom Pastor. A escuta e a obediência geram a comunhão; a desobediência e a não escuta, geram a divisão. Assim todos os relacionamentos devem ser construídos a partir dessa unidade. Onde falta o diálogo, a escuta atenta do que o outro diz, sempre existirão maus entendidos e confusões.

A partir do nosso relacionamento com Jesus, deixemos que esse modelo de intimidade alcance todos os nossos outros relacionamentos para que a comunhão seja o vínculo de unidade, como ovelhas que seguem o mesmo Pastor: Jesus Cristo. Reeducar-nos para a escuta e o diálogo sejam necessários sempre que nossa escolha for crescer na intimidade com Deus e com os irmãos.

Padre Fabrício
Membro da Comunidade Canção Nova

Fonte;http://clube.cancaonova.com/

terça-feira, 26 de março de 2013

A descida de Jesus à mansão dos mortos


De uma antiga Homilia no grande Sábado Santo (séc IV), de um autor grego desconhecido – Da Liturgia das Horas – II leitura do Sábado Santo.
“Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam à séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.
Ele vai, antes de tudo, à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, e agora libertos dos sofrimentos.
O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: “O meu Senhor está no meio de nós”. E Cristo respondeu a Adão: “E com teu espírito”. E tomando-o pela mão, disse: “Acorda, tu que dormes, levante dentre os mortos, e Cristo te iluminará. Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho; por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo, e com todo o meu poder, ordeno aos que estavam na prisão: “Saí!”; e aos que jaziam nas trevas: “Vinde para a luz!”; e aos entorpecidos: “Levantai-vos!”
Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te, obra de minhas mãos; eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.
Por ti, eu, o teu Deus,  me tornei teu filho; por ti, eu, o Senhor, tomei tua condição de escravo. Por ti, eu, que habito no mais alto dos céus, desci à terra, e fui mesmo sepultado abaixo da terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre os mortos. Por ti, que deixaste o jardim do paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos judeus e num jardim, crucificado.
Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi; para restituir-te o sopro da vida original. Vê nas minhas faces as bofetadas que levei para restaurar, conforme à minha imagem,  a tua beleza corrompida. Vê em minhas costas as marcas dos açoites que suportei por ti para retirar dos teus ombros os pesos dos pecados. Vê minhas mãos fortemente pregadas à árvore da cruz, por causa de ti, como outrora estendeste levianamente tuas mãos para a árvore do paraíso. Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha lança deteve a lança que estava voltada contra ti.
Levanta-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso mas num trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constituí anjos que, como servos, te guardassem; ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus. Está preparado o trono dos querubins, prontos e a postos os mensageiros, constituído o leito nupcial, preparado o  banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o reino dos céus preparado para ti desde toda a eternidade.”
O Catecismo da Igreja nos ensina que:
CRISTO DESCEU AOS INFERNOS
§632 – As frequentes afirmações do Novo Testamento segundo as quais Jesus “ressuscitou dentre os mortos” (1Cor 15,20) pressupõem, anteriormente à ressurreição, que este tenha ficado na Morada dos Mortos. Este é o sentido primeiro que a pregação apostólica deu à descida de Jesus aos Infernos: Jesus conheceu a morte como todos os seres humanos e com sua alma esteve com eles na Morada dos Mortos. Mas para lá  foi como Salvador, proclamando a boa notícia aos espíritos que ali estavam aprisionados.
§633 – A Escritura denomina a Morada dos Mortos, para a qual Cristo morto desceu, de os Infernos, o Sheol ou o Hades. Visto que os que lá se encontram estão privados da visão de Deus. Este é, com efeito, o estado de todos os mortos, maus ou justos, à espera do Redentor que não significa que a sorte deles seja idêntica, como mostra Jesus na parábola do pobre Lázaro recebido no “seio de Abraão”. “São precisamente essas almas santas, que esperavam seu Libertador no seio de Abraão, que Jesus libertou ao descer aos Infernos”. Jesus não desceu aos Infernos para ali libertar os condenados nem para destruir o Inferno da condenação, mas para libertar os justos que o haviam precedido.
§634 – “A Boa Nova foi igualmente anunciada aos mortos…” (1Pd 4,6). A descida aos Infernos é o cumprimento, até sua plenitude, do anúncio evangélico da salvação. É a fase última da missão messiânica de Jesus, fase condensada no tempo, mas imensamente vasta em sua significação real de extensão da obra redentora a todos os homens de todos os tempos e de todos os lugares, pois todos os que são salvos se tomaram participantes da Redenção.
§635 – Cristo desceu, portanto, no seio da terra, a fim de que “os mortos ouçam a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem vivam” (Jo 5,25). Jesus, “o Príncipe da vida”, “destruiu pela morte o dominador da morte, isto é, O Diabo, e libertou os que passaram toda a vida em estado de servidão, pelo temor da morte” (Hb 2,5). A partir de agora, Cristo ressuscitado “detém a chave da morte e do Hades” (Ap 1,18), e “ao nome de Jesus todo joelho se dobra no Céu, na Terra e nos Infernos” (Fl 2,10).
Fonte;http://blog.cancaonova.com/felipeaquino


segunda-feira, 25 de março de 2013

Quarta-feira (27), 19h30min - via sacra no grupo Mae da Divina Providencia. Traga sua familia e amigos. Viva bem a Semana Santa.




Na Semana Santa tudo celebra o Mistério da Salvação


Por Padre Luizinho no dia mar 25th, 2013 sobre Ano da Fé, Espiritualidade, Liturgia, Páscoa.

Nesta Semana tudo celebra o Mistério da Salvação, “Ele tomou sobre si a nossas dores, Seu sangue derramou para nos resgatar das trevas e por Suas chagas fomos sarados”. (Isaías 53 O Servo sofredor). Quando celebramos a liturgia e de forma especial nesta semana A Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, não estamos recordando, como num álbum de fotos ou num filme de gravações de memórias passadas. A espiritualidade das celebrações litúrgicas atualizam em nossa vida hoje o Mistério que estamos celebrando, ou seja, estamos vivendo e recebendo as graças eficazes do que estamos celebrando, rezando. Por isso, celebrar a liturgia não é fazer uma simples memória, mas trazer para minha vida hoje, atualizar, tornar novo, Aquilo que nos trouxe Jesus Cristo, seus gestos, Palavras e principalmente o Amor que o levou a morrer por nós na cruz. (Cf. Jo 3,16) Quem garante tudo isso é o Espírito Santo e a intenção verdadeira da Igreja que celebra os Mistérios de Cristo por sucessão apostólica. Isso quer dizer, que recebemos de Cristo e dos apóstolos.
A Santa Missa é a maior oração que podemos fazer, pois Ela é a atualização da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Após a comunhão, apesar da Igreja lotada estava rezando e contemplando O Mistério que enchia meu coração. A Eucaristia, que o Sacerdote consagrou, do mesmo Jeito e Palavras que fez Jesus na ultima ceia com os seus discípulos. Neste momento meu coração triste e saudoso foi preenchido pela presença amorosa de Cristo que derramava seu Sangue precioso sobre mim e ali eu vivi a realidade do amor de Deus, que me resgatava daquele momento de tristeza e saudade. Sua mão ensangüentada tocou em mim.
Ouça o Podcast na integra:
Hoje quero convidar você a rezar e a viver a liturgia desta Semana, clamando as mãos ensangüentadas de Jesus, Suas Santas Chagas e experimentar a ressurreição e a Salvação. Apresentemos onde mais precisamos que Jesus nos toque. É importantíssimo participar das funções litúrgicas na sua paróquia e renovar sua fé e seu batismo junto com a sua comunidade, por isso, procure saber os horários de cada celebração.
O Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor abre solenemente a Semana Santa. No século IV, já encontramos em Jerusalém notícias sobre uma celebração que procurava recordar o mais exatamente possível à entrada histórica de Jesus de Nazaré na cidade. Cristo que é saudado como Messias e Rei entra voluntariamente para sua Paixão. A liturgia das palmas antecipa neste domingo, chamado de páscoa florida, o triunfo da ressurreição, enquanto que a leitura da Paixão nos convida a entrar conscientemente na Semana Santa da Paixão gloriosa e amorosa de Cristo o Senhor.
Sentido do Tríduo Pascal
O Tríduo Pascal é a maior celebração das comunidades cristãs. A Páscoa é o centro do ano litúrgico, fonte que alimenta a nossa vida de fé. Celebrar o Tríduo Pascal da paixão e ressurreição do Senhor é celebrar a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus que o Cristo realizou quando, morrendo, destruiu a nossa morte e ressuscitando, renovou a vida.
Quando teve início o Tríduo Pascal?
No final do século IV, encontramos já organizado um tríduo pascal, que Santo Agostinho recomendava vivamente a seus fiéis. Formavam, em princípio, o tríduo: a sexta-feira, o sábado e o domingo. É no século VII que o tríduo se inicia com a “Ceia do Senhor” na tarde da quinta-feira, com o que fica ele constituído pela quinta-feira, pela sexta-feira e pelo sábado – aí incluída a vigília pascal. As três datas formam uma unidade: a celebração do mistério pascal.
O que celebramos na Quinta-feira Santa?
O Senhor celebrara com os seus a última ceia no contexto da páscoa judaica: a comemoração da passagem de Israel pelo Mar Vermelho. Nesse dia, Cristo inaugura à nova Páscoa, a da aliança nova e eterna, a de seu pão compartilhado e seu sangue derramado, a de seu amor levado ao extremo e do mandato do amor para nós, a de sua passagem pela morte à ressurreição, a Páscoa que devemos celebrar em sua comemoração. Eucaristia, sacerdócio, mandato do amor e nova Páscoa do Senhor são o conteúdo preciso da missa da Ceia do Senhor. O transporte das formas (hóstias) consagradas à urna para a comunhão da sexta-feira inicia-se no século XIII. O “monumento” (local físico) é elemento acidental e só encontra sentido em vinculação com o mistério celebrado: agradecimento ao amor de Cristo e oração-reflexão do mistério pascal.
O que celebramos na Sexta-feira Santa?
Como vem acontecendo há muito tempo, hoje não se celebra a missa, tendo lugar à celebração da morte do Senhor: o mistério que é celebrado é uma cruz dolorosa e sangrenta, mas ao mesmo tempo vitoriosa e resplandecente. Trata-se de morte, a de Cristo, real e tremenda; mas é passagem para uma vida ressuscitada e eterna. O amor de Deus, que é vida, terá mais poder do que o pecado do homem, que é morte. A celebração incorpora-nos à redenção de Cristo e a seu mistério de salvação universal: pela morte à vida.
O que celebramos na Vigília Pascal?
Contamos com documentos do início do século III, que apresentam alguns elementos desta celebração, tais como: jejum, oração, eucaristia – e até batismo, com a bênção da “fonte batismal”. Vão-se acrescentando depois novos elementos: o canto do Exulte, que se vê documentado no século IV e a bênção do círio pascal, no século V. Pouco a pouco, foi-se enriquecendo esta última, que deve ser “a celebração das celebrações” para o cristão, e a que Santo Agostinho denominava “Mãe de todas as vigílias”. Assim ouvimos com alegria: “Cristo ressuscitou, verdadeiramente, dos mortos”! Num duelo admirável a morte lutou contra a vida, e o Autor da vida se levanta triunfador da morte. Terminou o combate da luz com as trevas, combate histórico de Jesus com os fariseus e todas aquelas pessoas que não acolheram o Reino de Deus. Após as trevas brilhará o sol da Ressurreição!
Oração a Jesus Crucificado
Eis-me aqui, meu bom e dulcíssimo Jesus! Humildemente prostrado em vossa presença, eu vos peço e suplico, com toda alegria do meu ser, que graveis no meu coração os mais vivos sentimentos de fé, esperança, caridade, arrependimento dos meus pecados e firme decisão de mudar de vida. Contemplo com grande dor as vossas cinco chagas, vossas chagas gloriosas de onde jorraram o Teu Preciosíssimo Sangue. Vem tocar em mim com Tuas mãos chagadas e cura-me, liberta-me. Tendo presente as palavras que já o profeta Davi colocava em vossa boca, ó bom Jesus: “Traspassaram as minhas mãos e os meus pés e contaram todos os meus ossos”. Meu bom Jesus crucificado, que eu também saiba aceitar as contrariedade e dores da vida e socorrer os meus irmãos que sofrem. Que neste mundo eu possa viver como pessoa ressuscitada pelo amor de Deus em Cristo Jesus.Amém!
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Minha benção fraterna.
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
http://twitter.com/padreluizinho

Fonte;http://blog.cancaonova.com/padreluizinho/2013/03/25/na-semana-santa-tudo-celebra-o-misterio-da-salvacao-3/

sábado, 23 de março de 2013

FORMAÇÕES


FORMAÇÕES

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O caminho da Páscoa

Abre-se, então, a Semana Santa!
"Caminhar. 'Vinde, Casa de Jacó! Caminhemos à luz do Senhor' (Is 2,5). Trata-se da primeira coisa que Deus disse a Abraão: caminha na minha presença e sê irrepreensível. Caminhar: a nossa vida é um caminho e, quando nos detemos, está errado. Caminhar sempre, na presença do Senhor, à luz do Senhor, procurando viver com aquela irrepreensibilidade que Deus pedia a Abraão, na Sua promessa". Assim se pronunciou o Santo Padre, o Papa Francisco, em sua primeira homilia na Capela Sistina, quando celebrou a Santa Missa com os cardeais participantes do Conclave.

Na Igreja primitiva, o Cristianismo era chamado "Caminho" (cf. At 9,2; 19.9.23; 22,4; 24.14.22). A grande estrada percorrida por Jesus em direção a Jerusalém, onde consumou seu mistério de Páscoa, fez com que as multidões acorressem a Ele. Brotaram como ramos de oliveira os discípulos! Conversão, passagem, movimento, dinamismo para sair da escuridão para a luz, da tristeza à alegria, da morte à vida. E seus seguidores, no correr dos séculos, receberam a tarefa de espalhar as sementes da fé em todos os recantos da terra. Aos discípulos de hoje em caminho, é confiada a mesma tarefa.

No júbilo que contagiou a todos, a Igreja de Jesus Cristo conheceu o novo Sucessor de Pedro para estar à frente da Igreja de Roma, que preside à caridade. Os primeiros dias de seu pontificado testemunham o "norte" indicado pela bússola da fé, como a qual quer colocar-nos a caminho: "Cristo é o Pastor da Igreja, mas a Sua presença na história passa pela liberdade dos homens: um deles é escolhido para servir como seu Vigário, Sucessor do Apóstolo Pedro, mas Cristo é o centro. Não o Sucessor de Pedro, mas Cristo. Cristo é o centro. Cristo é o ponto fundamental de referência, o coração da Igreja. Sem Ele, Pedro e a Igreja não existiriam nem teriam razão de ser" (Encontro do Papa com os profissionais da Comunicação).

Se são imensas as multidões do tempo presente, multiplicadas pelo alcance dos meios de comunicação, maiores as responsabilidades de todos os cristãos. Com Papa Francisco à frente, apontando-nos Jesus Cristo como o único Senhor de nossas vidas, a Igreja se faça caminho, abra-se à missão, redescubra continuamente seu dinamismo interior e continue sua estrada para chegar aos confins da terra dos corações de todos os homens e mulheres, especialmente os mais pobres e os afastados de Deus. Ela não pode parar, mas há de caminhar sempre, uma Igreja em movimento.

A sabedoria milenar da Igreja organizou o ano litúrgico de forma a proporcionar aos fiéis cristãos beberem na única fonte do Mistério Pascal de Cristo as diversas dimensões de sua fé. A Páscoa é a festa fundamental, celebrada a cada domingo, presente em todas as missas diárias, quando, do nascer ao pôr do sol, em toda parte, por Jesus Cristo e pela força do Espírito Santo, é oferecido ao Pai o sacrifício perfeito (Cf. Oração Eucarística III). Celebra-se também, após a intensa preparação quaresmal, a Páscoa anual, com a qual acompanhamos os passos de Nosso Senhor Jesus Cristo antes de Sua Paixão, para viver, no Tríduo Pascal, seu êxodo, mistério de entrega pela nossa salvação, ressuscitando com Ele! A delicadeza pedagógica da Igreja nos conduz, então, à renovação anual de nosso batismo na grande Vigília da Noite Santa e no Domingo de Páscoa. Em seguida, se quarenta dias foram dados para a preparação da Páscoa, cinquenta dias serão dedicados até a Solenidade de Pentecostes para aprofundar a vida nova recebida, acompanhados, de modo especial, pelos que renascerem nos sacramentos da iniciação cristã nestas solenidades pascais.

Abre-se, então, a Semana Santa! O Domingo de Ramos e da Paixão começa com um convite a um caminho: "Vamos iniciar, com toda a Igreja, a celebração da Páscoa de nosso Senhor. Para realizar o mistério de sua morte e ressurreição, Cristo entrou em Jerusalém, sua cidade. Celebrando com fé e piedade a memória desta entrada, sigamos os passos de nosso Salvador para que, associados pela graça à sua cruz, participemos também de sua ressurreição e de sua vida". Na Quinta-feira Santa, Jesus vai ao encontro de seus discípulos, lava-lhes os pés, deixando o mandamento novo com o qual faremos continuamente o passagem do egoísmo para a comunhão e a partilha. Oferece-nos a Eucaristia, viático para a estrada da vida, Corpo e Sangue do Senhor oferecido aos fiéis, enquanto esperamos a Sua vinda. Sexta-feira Santa é dia de "Via Sacra", caminho para o Calvário! Dali para frente, a definitiva estrada que passa pela escuridão do túmulo para chegar à manhã jubilosa da Ressurreição. Depois, o Senhor marca encontro na Galileia, ordenando aos discípulos fazerem o caminho de volta ao cotidiano com a força do Ressuscitado. Quando "viaja" para o céu, começou para a Igreja a grande viagem missionária, que continuará até a volta do Senhor, no fim dos tempos, garantindo o cumprimento de Sua promessa com o penhor do Espírito Santo derramado sobre a Igreja.

E retornamos a Papa Francisco em sua primeira homilia, que nos oferece um magnífico roteiro para a Semana Santa, a Páscoa e a vida: "Eu queria que todos nós tivéssemos a coragem, sim, de caminhar na presença do Senhor, com a Cruz do Senhor; de edificar a Igreja sobre o sangue do Senhor, que é derramado na cruz; e de confessar como nossa única glória Cristo Crucificado. E assim a Igreja vai para diante. Faço votos de que, pela intercessão de Maria, nossa Mãe, o Espírito Santo conceda a todos nós esta graça: caminhar, edificar, confessar Jesus Cristo Crucificado".

Os cristãos e todas pessoas de boa vontade sejamos dignos das graças vividas na Igreja e com a Igreja durante este tempo! Os ramos da fé professada, erguidos no Domingo de Ramos, expressem o nosso júbilo.
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Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA
Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.

Fonte;http://www.cancaonova.com